Entretanto, em Nova Iorque, o teatro experimental da Young Jean Lee’s Theater Company avança com um Untitled Feminist Show que apresenta as actrizes nuas em palco .
De acordo com a descrição no New Yorker, as actrizes entram
mesmo em cena descendo a escadaria da plateia, passando por entre o público até
subirem finalmente ao palco, onde o espectáculo, sem quaisquer diálogos e
enquadrado por música que a crítica apelida de clássica, será construído apenas
pelo movimento dos corpos femininos despidos.
(via Young Jean Lee's Theater Company) |
Numa nota do programa, Lee, a encenador, refere que as
actrizes actuam nuas como manifestação de resistência à sua definição pelas
roupas ou, inclusive, a serem apelidadas de mulheres.
Enfim…
Uma vez mais, não tendo assistido ao espectáculo, o meu
comentário passa apenas, e uma vez mais, pela constatação de que existe uma
estranha relação da nossa sociedade com a nudez feminina. O corpo é utilizado
como uma estranhamente incongruente arma de protesto e como símbolo de
libertação, mas sub-repticiamente, fazendo uso do fortíssimo apelo sexual
conjurado pela imagem estética de uma mulher nua, é sobretudo como instrumento
promocional que a ausência de roupa se afirma.
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