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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Lucian Freud: "naked portraits"

Lucian Michael Freud gostava de insistir na ideia de que o artista devia ser como Deus na natureza: isto é, ausente. O homem seria nada e as suas criações tudo. Todavia, num paradoxo previsível, considerava também que o seu trabalho era essencialmente autobiográfico, reflectindo as pessoas por quem se interessava, em contextos que lhe eram familiares.

Uma das suas amantes, Alexandra Williams-Wynn, uma escultora 50 anos mais nova que Freud, reflectindo sobre a experiência como modelo e amante de Freud refere que foi com este que aprendeu que o mais importante ingrediente da grande arte é o egoísmo. Um egoísmo, sustenta, que reflecte uma honestidade fundamental, a de alguém que se assume como é e que não se deixa alterar senão segundo os seus próprios termos.


(The Painter Surprised by a Naked Admirer)


Intensamente privado e avesso ao circo mediático que acompanha tantos dos artistas plásticos contemporâneos, o neto de Sigmund Freud, faleceu em Londres, em 21 de Julho de 2011, aos 88 anos de idade.

Leia na Vanity Fair um trabalho de David Kamp sobre o pintor: “Freud, Interrupted”.  


(via Vanity Fair)
(via Daily Mail)