Lucian Michael Freud gostava de insistir na ideia de que o
artista devia ser como Deus na natureza: isto é, ausente. O homem seria nada e
as suas criações tudo. Todavia, num paradoxo previsível, considerava também que
o seu trabalho era essencialmente autobiográfico, reflectindo as pessoas por
quem se interessava, em contextos que lhe eram familiares.
Uma das suas amantes, Alexandra Williams-Wynn, uma
escultora 50 anos mais nova que Freud, reflectindo sobre a experiência como
modelo e amante de Freud refere que foi com este que aprendeu que o mais
importante ingrediente da grande arte é o egoísmo. Um egoísmo, sustenta, que
reflecte uma honestidade fundamental, a de alguém que se assume como é e que
não se deixa alterar senão segundo os seus próprios termos.
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(The Painter Surprised by a Naked Admirer) |
Intensamente privado e avesso ao circo mediático que
acompanha tantos dos artistas plásticos contemporâneos, o neto de Sigmund
Freud, faleceu em Londres, em 21 de Julho de 2011, aos 88 anos de idade.
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(via Vanity Fair) |
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(via Daily Mail) |