Veja na New Yorker, uma curiosa reflexão de Richard Brody
relativa a Eyes Wide Shut, o último filme realizado por Stanley Kubrick.
O crítico cinematográfico fala-nos da evolução do seu pensamento
relativamente a uma cena central do filme, a do clube de sexo na mansão de Long
Island.
Começando por achar que se tratava muito simplesmente da gratificação
das fantasias de um velho (Kubrick tinha 70 anos quando filmou Eyes Wide Shut),
Brody considera agora que a cena é, afinal, crucial para a mensagem do
filme, a de que o sexo, fora do contexto explorador da pornografia, é um
espectáculo demasiado intenso e poderoso para os espectadores.
(via American Budha) |
São estes, não os actores, quem necessita de máscaras; biombos que
ocultam de si próprios e dos outros o feroz impacto desse primevo ímpeto humano.
Para Brody, o tema do filme é a tensão erótica que subjaz à nossa sociedade
e que o próprio fundamento psicológico da obsessão ocidental com a obtenção de
poder e riquezas passa pela possibilidade de, por intermédio desses veículos, satisfazer desejos.
(via American Budha) |
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